Por Adelmo Rocha | 28/10/2025. Belém, 28 de outubro de 2025 –
Enquanto as negociações com Trump avançam em Kuala Lumpur, o presidente Lula
revela objetivos ainda mais ambiciosos: concorrer a um quarto mandato em 2026,
erradicar a pobreza no país e buscar o Nobel da Paz. Como discutido no artigo
anterior, o Centrão pressiona por uma anistia parcial como solução para aliviar
tarifas e sanções, mas Lula parece preferir prolongar o impasse, desgastando a
direita. Resta saber se essa estratégia resistirá à pressão ou se o pragmatismo
econômico se sobreporá.
As Ambições de Legado
Aos 80 anos, Lula confirmou em Jacarta (23/10) que buscará a reeleição,
afirmando manter “a mesma energia dos 30”. Pesquisas recentes (Paraná, 27/10)
apontam o presidente à frente, com 42%, seguido por Tarcísio (30%) e Michelle
Bolsonaro (28%). Seu projeto inclui a erradicação da pobreza — 3 milhões de
brasileiros saíram da miséria entre 2023 e 2025, segundo o IBGE — e a conquista
do Nobel por sua atuação diplomática global, destacando o acordo com Trump,
que, ao parabenizá-lo, mencionou seu “vigor” (BBC, 27/10). Lula reforçou hoje:
“O que interessa é negociar para frente” (Planalto).
Enrolar a Direita: Estratégia ou Risco?
Ao alongar as negociações, Lula responsabiliza a “direita extremista” pelas
tarifas, que já representam uma perda de US$ 5 bilhões (CNI). Durante a ASEAN,
pediu suspensão temporária das sanções Magnitsky, porém Trump as mantém por ora
(InfoMoney, 27/10). Essa postura desgasta o campo bolsonarista, mas pode também
elevar a inflação, especialmente nos alimentos (4% em outubro, segundo o IPCA).
O Centrão e o Pragmatismo
Arthur Lira cobra resultados: “Sem economia, 2026 é risco” (Estadão, 27/10).
Lula pode acabar cedendo a uma anistia parcial, mirando o Nobel e a
consolidação de seu legado. Entretanto, nas redes, críticos afirmam: “Lula
enrola para vencer 2026” (@LEONARDOPALHAS, X).
No próximo artigo: Divisão na direita – política vs. radical
– reage a uma possível anistia parcial?
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